tag:blogger.com,1999:blog-1082070043162936589.post4726799538194068061..comments2023-03-15T00:54:17.311-07:00Comments on Marcelo Centenaro: Comentário a um texto de Cláudio CoutoMarcelo Centenarohttp://www.blogger.com/profile/05950572142618287119noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1082070043162936589.post-67341471497865760922012-10-16T04:23:04.406-07:002012-10-16T04:23:04.406-07:00Por algum motivo, o Tea Party que eu vejo é difere...Por algum motivo, o Tea Party que eu vejo é diferente do que você vê. O que eu vejo é libertário, não é conservador. Sobre se comprometer a cumprir integralmente mandatos, Gilberto Dimenstein conseguiu criminalizar uma prática legítima e, em minha opinião, virtuosa. Sempre ouvi muita gente dizendo que a política devia ser feita em torno de ideias e partidos e não em torno de pessoas. Serra montou uma administração eficiente na prefeitura de São Paulo, que continuou funcionando depois que ele saiu. Funcionou tão bem que Kassab foi reeleito, mesmo sem o apoio do PSDB. E Serra foi assumir outra função pública, impedindo que o PT chegasse ao Palácio dos Bandeirantes. Sobre o exercício que você propôs, infelizmente, não tenho a oportunidade de me encontrar com jornalistas de diferentes veículos para perguntar qualquer coisa. Mas gostaria de perguntar a você: os veículos demitem os jornalistas ou não? E o que Serra faz depois, especialmente com os veículos que não se submetem a sua vontade?<br />8) Também não vamos concordar sobre este ponto. No Pinheirinho, uma situação potencialmente explosiva, o PSTU fez tudo o que pôde para provocar uma tragédia. Não conseguiu devido ao excepcional trabalho da Polícia Militar. Também na cracolândia foi feito um bom trabalho, apesar das tentativas da Defensoria Pública de sabotá-lo. Pelo seu raciocínio, a prefeitura não deveria fazer uma grande obra para, por exemplo, duplicar a Estrada do M'Boi Mirim, porque isso é privilegiar o transporte individual. Ocorre que os carros já estão lá. A prefeitura deveria proibi-los de circular, talvez?<br />9) E por que o número de incêndios caiu?<br />10) O desabamento da obra em Pinheiros foi um desastre. Não me consta que o ENEM tenha matado alguém, mas ainda não deu certo nenhuma vez. Fora a questão da doutrinação ideológica.<br />11) Bem, o PT continuou o trabalho que o PSDB começou. Portanto o PT é a favor dos pobres e o PSDB é contra. É isso que você está dizendo ou eu perdi alguma coisa?<br />12) Poderia ter deixado o "Curtir" no seu comentário se não fosse por este ponto. Aqui, você está fazendo um ataque simplista e injusto. A direita entende que a maneira de ajudar os mais pobres é produzindo e distribuindo riqueza. Que, por causa dessa política, não houve mais fome na Europa depois da metade do século XIX. Que os miseráveis nos Estados Unidos estão em situação melhor que os assalariados de, sei lá, El Salvador. Não existe direita tucana, isto é uma contradição em termos. O PSDB é um partido de esquerda. Direita é algo muito diferente, que não está representado no espectro político brasileiro. Os números da letalidade policial em São Paulo são muito, muito menores que os do Rio de Janeiro. São menores que os de muitos outros estados.<br />Marcelo Centenarohttps://www.blogger.com/profile/05950572142618287119noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1082070043162936589.post-39480494231748806372012-10-16T04:21:55.468-07:002012-10-16T04:21:55.468-07:001) Você está certo neste ponto.
2) Todos são? De m...1) Você está certo neste ponto.<br />2) Todos são? De modo algum. Nada é feito no PT sem a anuência da cúpula. O PSDB é um partido dividido. Gasta muito mais tempo com picuinhas internas que fazendo oposição. A maioria dos outros partidos não tem a centralização que tem o PT. As ações da cúpula do PT de fato não são referendadas por todos os membros. Os que tinham vergonha na cara saíram há tempos.<br />3) Não vamos concordar sobre esse ponto. Acho que o PT recorre a qualquer meio, lícito ou ilícito, para aumentar seu poder.<br />4) Azeredo devia ter sido expulso. O fato de não ter sido é muito decepcionante. Porém, a única coisa em comum entre o que chamam de "mensalão mineiro" e o que chamam de "mensalão" são empréstimos fictícios e Marcos Valério. Onde está a compra de parlamentares e/ou partidos em Minas?<br />5) O PT vem tentando estabelecer um regime autoritário. Ainda não conseguiu. Talvez não consiga nunca, mas não vai desistir. Sobre o Conselhão, Lula queria que suas reuniões valessem como sessões do Congresso para aprovar emendas constitucionais. Sobre a eleição de Tancredo, o problema não é expulsar os membros, é a recusa em apoiar o candidato que representava a redemocratização. Vou pesquisar se o PT subscreveu ou não a Constituição. Ser contra propostas do governo é, de fato, legítimo. O interessante é que o PT foi contra tudo isso quando na oposição e passou a ser a favor quando no governo. Tenho o direito de achar que eles estavam se opondo ao país, não ao governo. É um pouco tarde, mas em outra hora posso levantar exemplos de tentativa de cerceamento à liberdade de expressão.<br />6) Não consigo entender muito bem como os candidatos são escolhidos no PSDB. Não vou discutir esse ponto. Considero Kassab um bom prefeito, muito melhor que Marta, Pitta, Maluf, Erundina e Jânio. A população já achou isso, tanto que o reelegeu. O massacre que a imprensa faz de seu governo fez efeitos.<br />7) Ninguém, ninguém mesmo está tentando impor valores religiosos a quem não é religioso. Porém, é perfeitamente legítimo que um bispo se dirija aos católicos e lembre quem defende e quem ataca os valores católicos. O mesmo vale para um pastor, um monge budista ou um pai-de-santo. Sou radicalmente a favor da liberdade de expressão. Os religiosos que conheço ficaram frustrados com Serra porque ele não mencionou, em 2010, o fato de que Dilma defendia o aborto ou que o aborto faz parte do programa do PT.Marcelo Centenarohttps://www.blogger.com/profile/05950572142618287119noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1082070043162936589.post-1979870696923713912012-10-15T19:51:41.817-07:002012-10-15T19:51:41.817-07:007) Religião na campanha é um tema legítimo para os...7) Religião na campanha é um tema legítimo para os reacionários, concordo. Serra desempenhou bem esse papel, assim como o Tea Party o faz nos EUA. Para alguém com um passado de esquerda, esta é uma escolha lastimável. Ademais, o antisecularismo alimenta a redução das liberdades individuais, é uma forma antiliberal de fazer política. E tais temas não entraram na campanha apenas por obra alheia. Serra atuou coordenadamente com os grupos de interesse religiosos. Quanto às mentiras, uma sequer precisaria ser lembrada: a repetida mentira de que cumprirá integralmente os mandatos para os quais se elege (sempre uma desculpa aparece depois); outras mentiras apareceram na campanha, como a vexaminosa equiparação da tarifa mensal do ônibus a uma taxa, tentando ludibriar o eleitor. Finalmente, quanto aos jornalistas, em vez de declinar aqui nomes (não saberia fazê-lo agora), sugiro a você um exercício. Ao encontrar com jornalistas, de diferentes veículos, em diferentes ocasiões, pergunte-lhes sobre o assunto. Não há um só jornalista com quem se converse (e eu faço isto com muita frequência) que não confirme que Serra liga nas redações para pedir cabeças. Eu mesmo conheço um, de quem sou próximo, cuja cabeça foi pedida por Serra. Nesta campanha, ouvi de outros dois (um de jornal, outra de TV) novamente histórias sobre isto.<br />8 ) Quanto ao Pinheirinho, o PSTU é sim responsável, concordo. Mas, o governo estadual também agiu com truculência. A mesma truculência que levou ao caos a cracolândia, sem que ninguém ali houvesse sido livrado do crack. Pelo contrário, como confirmam todas as instituições que lidam com drogados, cujo trabalho foi inviabilizado pela ação do governo e da prefeitura. Quanto ao que você fala da Marginal, só confirma minha afirmação. Privilegiamento do transporte individual e um gasto de milhões que poderia ter produzido centenas de milhares de quilômetros de corredores de ônibus, beneficiando não só os pobres, mas a cidade. É mesmo uma política antipobre, como as outras duas. Da sinalização caótica (ou falta dela) eu nem vou falar.<br />9) Quanto aos incêndios em favelas, a imprensa noticiou amplamente o desmantelamento das brigadas anti-incêndio do período Marta Suplicy.<br />10) O ENEM é um desastre? Pelo contrário. Enfrentou problemas compreensíveis na implementação de um programa de imensa envergadura, mas já está funcionando bem. Se os problemas do ENEM fossem um desastre, o que dizer do desabamento da obra do metrô em Pinheiros? Tanto num caso como no outro o que houve foram erros das empresas contratadas para executar os serviços. Coisas que podem acontecer em qualquer gestão. A descrição que se faz dos problemas do ENEM como um desastre é uma caricatura vergonhosa.<br />11) A diferença dos programas de transferência de renda do PSDB e do PT não é só o nome. É a escala. Basta fazer conta. Não só quase triplicou o número de famílias assistidas, como aumentou o valor dos benefícios e criou-se um amplo cadastro que serve de base a outras políticas sociais.<br />12) Dizer que a direita é antipobre é dizer o óbvio. A direita, sob o argumento de defender o mercado e a liberdade individual (a direita "liberista", não a fascista), larga os pobres ao léu. Mas a direita tucana também tem uma política de segurança homicida (veja os números da letalidade policial, o cel. Telhada etc.).Fora da Política Não há Salvaçãohttps://www.blogger.com/profile/16504118338901756464noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1082070043162936589.post-37793709622080633882012-10-15T19:51:01.124-07:002012-10-15T19:51:01.124-07:00Bom vermelho e azul, Marcelo. O Reinaldo Azevedo n...Bom vermelho e azul, Marcelo. O Reinaldo Azevedo não faria melhor.<br />Há muita coisa a dizer, mas não vou agora voltar aos pormenores. Vou me deter em alguns pontos.<br />1) O fato de os argumentos serem úteis para o PT é irrelevante. Os seus são úteis ao PSDB, mas não é isto que os qualifica como corretos ou incorretos.<br />2) O PT é um partido centralizado, como todos são. Isto não quer dizer que as ações da cúpula sejam referendadas por todos os membros do partido. Certamente pode-se falar numa ação institucional quando parte de sua direção, mas é necessário reconhecer que havia (e há) oposição dentro do partido e que as ações de uma direção não podem ser imputadas a todos.<br />3) Tentativa de golpe é um exagero. Mesmo porque, se houve compra de partidos, seria bom saber para quais votações. Curiosamente, o padrão de votação não mudou depois do mensalão. Aliás, foi antes, durante e depois do mensalão exatamente o mesmo. Houve corrupção e uma ação entre amigos. Contudo, a despeito do que julgou o supremo, não estou convencido - como cientista político - da compra de votos. Curioso, aliás, que o próprio PTB de Jefferson manteve o mesmo padrão de votação antes, durante e depois.<br />4) Por isto mesmo, não vejo diferença entre a corrupção do PT e a corrupção do PSDB de Azeredo, que segue no partido, é seu parlamentar, e presidiu o partido. Não é figura de segunda ordem. Isto, entretanto, não significa implicar todo o resto do partido por seus erros.<br />5) O PT é um câncer? Nada democrática essa sua afirmação. O PT é um partido que disputa democraticamente o poder. A ARENA, com a qual você o compara, era o partido de um regime autoritário. Os casos que você menciona, ou são caricaturas (a ideia do Conselhão como poder paralelo, um despropósito), ou nada têm a ver com desrespeito à democracia: (a) expulsar membros que não seguem a orientação do partido é algo normal, que qualquer partido pode fazer, sem atentar contra a democracia (partidos são organizações de adesão voluntária); (b) o PT subscreveu a Constituição (sua informação está errada), o que o PT fez foi votar contra o texto final, um direito democrático de qualquer minoria; (c) ser contra propostas de um governo ao qual se opõe é parte do jogo democrático (eu, aliás, discordo dessas posições tomadas pelo PT, mas não há nada de ilegítimo nelas); (d) a imprensa não sofreu qualquer inibição ao seu trabalho durante os 10 anos de governo do PT (fala-se muito disso, ultra-esquerdistas propõe que se faça isto, mas jamais o governo petista fez qualquer coisa nesse sentido, é um mito essa estória).<br />6) José Serra impôs-se como candidato do PSDB à presidência em 2002, inibindo qualquer debate partidário sobre a sucessão; ao fazer campanha, renegou o legado de FHC; sua passagem pela prefeitura é bem conhecida, legou-nos Kassab e, na dificuldade de vencer Alckmin na disputa interna (e avaliando que Lula seria facilmente reeleito), abandonou o barco para eleger-se no Estado, facilitando sua candidatura presidencial quatro anos depois. É claro que fez coisas, algumas meritórias. Em 2010, abafou a disputa dentro de seu partido para ser novamente candidato presidencial. Aécio sabe bem o que é o controle serrista da máquina partidária.Fora da Política Não há Salvaçãohttps://www.blogger.com/profile/16504118338901756464noreply@blogger.com