Quero fazer uma homenagem a uma pessoa muito especial: D. Ruth Gomes de Sá. D. Ruth é aposentada, tem 79 anos. Poderia estar em casa, cuidando dos netos ou das plantas, lendo Shakespeare ou Augusto Cury, assistindo à Sessão da Tarde, fazendo crochê ou jogando Candy Crush. Mas D. Ruth foi ao Congresso Nacional defender nossa liberdade.
Ela costuma ir ao Legislativo, assistir sessões parlamentares e defender suas opiniões políticas. Ficou revoltada com a maquiagem das contas públicas realizada pelo PLN 36/2014 e foi protestar no dia 2. Quando o Senador Renan Calheiros mandou esvaziar as galerias, com o pretexto de que a Deputada Vanessa Grazziotin teria sido desrespeitada pelo público, muitas pessoas se recusaram a sair. Uma delas foi D. Ruth. Foi abordada pelos policiais legislativos que lhe ordenaram que se retirasse. Respondeu: “Não saio!”
D. Ruth levou uma gravata e foi arrastada por vários metros. Foi solta porque um deputado interferiu. Voltou-se contra seu agressor e tentou dar um tapa nele.
Saindo do prédio, D. Ruth não foi para casa. Dirigiu-se à 5ª Delegacia de Polícia e prestou queixa. No dia seguinte, estava novamente na porta do Congresso para expressar sua revolta.
Obrigado, D. Ruth, por defender minha liberdade. O Brasil precisa de mais pessoas como a senhora.
P. S.: D. Ruth me lembrou deste texto: Um Discurso Inaugural, de Joseph Brodsky. Leiam.
P. S.: D. Ruth me lembrou deste texto: Um Discurso Inaugural, de Joseph Brodsky. Leiam.
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