Chegamos ao último capítulo de O Deus da Máquina, de Isabel Paterson: XXIII - A Economia Dinâmica e o Futuro.
Isabel explica que é comum, em qualquer área do conhecimento, que um conceito seja utilizado mesmo que não tenha sido compreendido. Portanto, a humanidade colocou em prática os conceitos de sociedade de contrato, limitação do poder do Estado, respeito aos direitos individuais, utilização de dinheiro real. Produziu com isso uma economia dinâmica, extremamente próspera, mesmo sem compreender completamente como esses conceitos provocam esse efeito.
Existe a percepção de que essa economia dinâmica causou um problema novo, o problema trabalhista. Isabel Paterson considera essa percepção equivocada. “Como a economia dinâmica cria meios inéditos de mobilidade e uma perspectiva auspiciosa de encontrar sustento quase em qualquer lugar, a grande maioria das pessoas se esqueceu da necessidade de uma base física para ter segurança.” A legislação trabalhista, criada para dar uma resposta a essa questão, é sim a causa de problemas novos. Ao dar um instrumento de governo à massa deslocada dos trabalhadores, a legislação permite que esse instrumento saia completamente de controle, destruindo as instituições que mantêm a sociedade funcionando.
A coisa mais perigosa que pode acontecer no mundo é uma economia “planejada”, ou seja, uma economia escrava, ser abastecida de recursos e tecnologia pelas economias livres. Isso é especialmente pernicioso se esses recursos são injetados em troca de nada, por meio de doações ou de empréstimos não pagos. Essa energia vai se voltar em primeiro lugar contra os cidadãos desses países e, em seguida, contra o mundo. Os Estados Unidos emprestaram muito dinheiro à Alemanha, à Itália e à União Soviética a partir da Primeira Guerra Mundial. Esses empréstimos não foram pagos e resultaram na Segunda Guerra Mundial.
O surgimento dos Estados Unidos da América são um fato único na história humana. Pela primeira vez, uma nação foi fundada sobre princípios racionais, a partir do axioma de que os homens nascem com o direito natural à liberdade. É o único tipo de nação que pode ser recriada, caso fosse destruída. Seria necessário simplesmente aplicar os mesmos princípios.
A liberdade é a maior herança de que o homem já desfrutou. É o resultado do esforço heróico de incontáveis pessoas, por muitos milhares de anos. Darmos meia volta e nos submetermos à escravidão seria uma traição inominável a todas essas pessoas e às gerações presentes e futuras. Mas temos a oportunidade grandiosa de justificar a fé que depositaram aqueles que acreditaram e acreditam na liberdade. Não percamos essa oportunidade!
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