No dia 28 de outubro de 2016, Suelem Carvalho, professora de História na Universidade Estadual de Maringá, proferiu uma palestra na sede da ADESG - Associação dos Diplomados pela Escola Superior de Guerra em São Paulo, sobre o livro que escreveu em parceria com Itamar Flávio Silveira, Golpe de 1964.
O livro procura dar uma visão menos distorcida do que foi o período militar. Segundo a autora, é uma tentativa de reparação da injustiça contra os personagens históricos que lutaram contra o comunismo. Embora a luta armada tenha sido derrotada, o movimento comunista venceu a guerra cultural. A visão dominante na sociedade inteira é aquela que os comunistas criaram. É necessário questionar essa versão dos fatos, investigar o que verdadeiramente ocorreu e apresentar ao público uma história que ele desconhece.
Segundo Suelem Carvalho, o PT acabou contribuindo para expor o embuste da esquerda e provocou uma reação da sociedade contra as ambições totalitárias de seu governo. Hoje, há focos de resistência nas universidades e na Internet. É preciso aproveitar a oportunidade criada e iniciar uma atuação no terreno da guerra cultural, que a esquerda até agora dominou sozinha de maneira incontestável.
O título do livro é uma estratégia comercial da editora. Não seria o escolhido pelos autores, mas eles concordaram com a proposta da editora, esperando assim atingir um público mais amplo.
Suelem mencionou que Aristóteles já dizia que o discurso do agente político é diferente do discurso do cientista político. Enquanto um busca convencer e alterar as ações de outros homens para alcançar um objetivo político, o outro busca compreender a verdade. Temos agentes políticos demais dizendo fazer ciência política e fazendo simplesmente política.
O último capítulo do livro trata exatamente do marxismo cultural e da Escola de Frankfurt, analisando especificamente o pensamento de Erich Fromm e Herbert Marcuse. Esses autores defendiam a destruição dos valores da civilização ocidental como caminho para a construção de uma sociedade justa. A sociedade atual se fundamenta em instituições como a família, a escola e a igreja, que precisariam ser enfraquecidas e desmoralizadas. Para isso, todas as armas são válidas. A desinformação que vemos no atual movimento de invasão de escolas, que faz com que jovens acreditem que a PEC 241 vai privatizar as escolas públicas e demitir seus professores, é um exemplo da aplicação dos princípios da Escola de Frankfurt.
Quero acrescentar que fiquei muito interessado no trabalho da ADESG. Conheci alguns de seus membros e soube dos cursos e palestras que promove. São iniciativas valiosas que precisam ser divulgadas, especialmente os CEPEs, Cursos de Estudos de Política e Estratégia. Esses cursos são realizados em diversas sedes no Brasil e divulgam os ensinamentos doutrinários da Escola Superior de Guerra. Maiores informações em http://www.adesg.net.br/cursos-de-estudos.
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