sábado, 4 de janeiro de 2014

O Deus da Máquina, capítulo XVI


No capítulo XVI de O Deus da Máquina (As Grandes Empresas e a Lei de Status), Isabel Paterson resume as origens da legislação antitruste e analisa sua lógica e suas consequências para a economia e a sociedade.

Após a Guerra Civil, o governo federal americano incentivou as ferrovias a se expandirem para o oeste, com o objetivo de integrar melhor o país. Isso foi feito por meio de subsídios e concessões de terra. Embora a ferrovia fosse um meio de transporte tremendamente mais barato e rápido que as alternativas anteriores, o resultado do auxílio governamental foi a criação de um monopólio. As ferrovias eram odiadas pelos fazendeiros do oeste porque constituíam um monopólio. Se houvesse qualquer tipo de problema, os usuários não tinham nenhuma outra opção.

Depois das ferrovias, houve o caso da Standard Oil Company. Essa grande empresa pioneira usou de meios políticos para conseguir benefícios fiscais nos fretes ferroviários. Ao fazer isso, tornou-se objeto de execração pela opinião pública americana.

O único remédio possível para o abuso de poder político é limitar o poder político. Foi feito o inverso. Houve um movimento para "regular" as grandes empresas. Criou-se uma legislação aberrante, sob a qual ninguém sabe exatamente o que é proibido. Se uma empresa vender seus produtos mais caro que seus concorrentes, pode ser acusada de "cobrar demais". Se vender mais barato, pode ser acusada de "vender a preços inferiores". Se vender pelo mesmo preço que eles, pode ser acusada de "combinação de preços".

A legislação abusiva começou enquadrando grandes empresas, mas afeta cada cidadão. O primeiro sintoma de um governo totalitário é o controle político da vida econômica. O ato de trabalhar passa a ser criminalizado e o ser humano precisa de permissão para produzir. A consequência lógica desse processo é que o indivíduo precise de permissão para existir.

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