Terminei de ler a Ilíada. Será que só eu não sabia que a Ilíada acaba ainda muito antes do fim da Guerra de Troia?
Não constam do texto nem o Cavalo de Troia, nem a morte de Ájax ou de Páris, nem a flecha no calcanhar de Aquiles. Até quase o final do texto, Cassandra não é mencionada. Ela aparece, por fim, numa ponta, sendo a primeira a ver Príamo retornando. O fato de Cassandra ter o poder da profecia, mas ninguém acreditar nela, também não está na Ilíada.
É fascinante pensar no poder do livro, da escrita. Acabei de ler um texto literário produzido há cerca de três mil anos, e que ocupou a mente de pessoas como Platão, Alexandre da Macedônia, Dante, Thomas Hobbes, Shakespeare, John Stuart Mill. Pude rir das mesmas coisas que possivelmente fizeram rir leitores tão diferentes, de tantas épocas e lugares. É o melhor meio que conheço para, de alguma maneira, viajarmos no tempo. Homero está presente entre nós em 2014. Podemos visitar, por intermédio dele, a Grécia do século VIII AC, quando a Ilíada foi composta.
Aquiles conversa com seus cavalos
O escudo de Aquiles
A morte de Pátroclo
Aquiles conversa com seus cavalos
O escudo de Aquiles
A morte de Pátroclo
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