Li “The Fall of Rome and the End of Civilization”, de Brian Ward-Perkins, no ano passado. Foi mais uma excelente recomendação do João Pereira Coutinho.
O livro contesta uma visão relativamente popular entre historiadores, de que a transição do Império Romano para o domínio germânico foi relativamente pacífica, no contexto de um período de evolução cultural positiva. Ele afirma que o Império Romano realmente caiu diante de uma violenta invasão e que o padrão de vida no Ocidente passou por um colapso catastrófico.
Exemplos: nos sítios arqueológicos dos séculos III e IV, há abundância de potes e telhados de cerâmica da melhor qualidade, moedas de vários tipos e inscrições por toda a parte. Mesmo nas casas mais pobres, encontram-se potes e telhas, às vezes fabricados em lugares muito distantes. Nos séculos VI e VII, esses objetos não se encontram em quase nenhum lugar. No túmulo de um rei na Ânglia Oriental, em meio a ricos tesouros, foi encontrada uma garrafa de barro de pior qualidade que as que podem ser encontradas nas casas de camponeses de três séculos antes. As moedas e as inscrições desaparecem, o que indica que o comércio definhou e o analfabetismo se tornou quase universal.
Em determinados lugares, as condições de vida voltaram ao que eram na pré-história. Foram necessários pelo menos 600 anos para a Europa retomar o nível de desenvolvimento do final do Império Romano.
O que mais me intriga é a ideia de que, da mesma maneira que a civilização greco-romana caiu diante dos bárbaros, a nossa também corre riscos e precisa ser defendida.
Marcelo, gostei desse teu rico Blog... vou ler os posts gradualmente... Abs
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