sábado, 15 de novembro de 2014

A imprensa e as manifestações de 15 de novembro

Como no dia 1º, cidadãos saíram as ruas, em diversas cidades brasileiras, para defender a democracia e a liberdade e protestar contra o governo. As manifestações foram muito maiores e mais numerosas desta vez. Quantas pessoas protestaram? Em quantas cidades? Não sabemos. Não saberemos.

Infelizmente, a imprensa não cobre as manifestações. As pessoas que exigem investigação dos escândalos, respeito à liberdade de imprensa e fim do apoio a ditaduras estrangeiras estão sendo ignoradas, escondidas e caricaturadas. Distorce-se a pauta do movimento. Acusa-se de golpistas aqueles que clamam por transparência no processo eleitoral e responsabilização efetiva dos envolvidos em gigantescos esquemas de corrupção. Subestima-se o número de participantes das passeatas contra o governo e superestima-se a quantidade de gente (muitas vezes paga ou coagida) em eventos orquestrados a favor. Ou se ignora completamente que uma multidão está protestando.

O Jornal Nacional, aparentemente, não considerou notícia os eventos. Não assisti, cheguei em casa quando já tinha terminado. O site do JN não faz nenhuma referência a protestos.

A Reaçonaria reportou aqui como foi o dia na Paulista e mostrou fotos de Brasília, Goiânia, Natal, Porto Alegre e Recife. Apareceu em São Paulo um caminhão de som com cartazes pedindo intervenção militar. A Reaçonaria tuitou isto:







A cobertura da Folha é totalmente contrária aos manifestantes, inteiramente calcada nos pedidos de intervenção militar. Também noticia qualquer protesto contra Geraldo Alckmin, com qualquer quantidade de gente, com o mesmo peso que dá aos milhares (“cerca de mil”…) que estiveram na Paulista. A cada dia, o jornal demonstra que Washington Olivetto tinha razão.

O Estadão foi mais equilibrado, relatando que havia quatro grupos e quatro carros de som. Um deles defendia intervenção militar, o que foi rejeitado pelos outros três. Segundo o jornal, houve uma batalha de microfones na concentração. Mencionam-se pequenos protestos em Brasília, Rio e Belo Horizonte. Não se fala nos que ocorreram em dezenas de outras cidades brasileiras.

Gostei bastante da cobertura deste site aqui, que vi pela primeira vez hoje: www.ultimoinstante.com.br. Outra fonte preciosa são colunistas como Reinaldo Azevedo e Felipe Moura Brasil. Este último escreveu este post sobre a completa ausência do Foro de São Paulo no noticiário. O Foro de São Paulo, entidade fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, que congrega diversos partidos bolivarianos e algumas organizações criminosas ligadas ao narcotráfico é denunciado sistematicamente por Olavo de Carvalho há décadas e é ignorado sistematicamente por quase toda a “mídia golpista”, como dizem os petistas, desde então.

Não tenho como acompanhar a imprensa inteira, mas fica claro quando se olham os principais veículos, que não é por meio deles que conseguiremos saber o que está acontecendo atualmente no Brasil. 

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