Desde o ano passado, estou lendo pela segunda vez "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust. Terminei agora o segundo volume, "À Sombra das Moças em Flor". Não é uma leitura fácil, não dá para ler em qualquer lugar, com barulho ou de maneira apressada. Porém, é muito recompensadora. Os personagens são muito bem construídos, as situações são interessantes, engraçadas, e o livro apresenta uma rica visão filosófica da vida e da condição humana. Entre os temas trabalhados por Proust estão o impacto das revoluções tecnológicas na vida das pessoas (a fotografia, o telefone, o automóvel, o avião) e o sentido da arte. Recomendo muitíssimo.
Aqui vai mais um trecho, do final do segundo volume:
"E, em suma, é uma forma como outra qualquer de resolver o problema da existência, o de aproximar bastante as coisas e as pessoas que de longe nos pareceram belas e misteriosas, para nos darmos conta de que não têm mistério nem beleza; é uma das higienes entre as quais se pode optar, uma higiene que talvez não seja muito recomendável, mas que nos proporciona uma certa calma para passar a vida e também para nos resignarmos à morte, uma vez que nos permite não lamentar coisa alguma, convencendo-nos que alcançamos o melhor e que o melhor não é grande coisa."
Aqui vai mais um trecho, do final do segundo volume:
"E, em suma, é uma forma como outra qualquer de resolver o problema da existência, o de aproximar bastante as coisas e as pessoas que de longe nos pareceram belas e misteriosas, para nos darmos conta de que não têm mistério nem beleza; é uma das higienes entre as quais se pode optar, uma higiene que talvez não seja muito recomendável, mas que nos proporciona uma certa calma para passar a vida e também para nos resignarmos à morte, uma vez que nos permite não lamentar coisa alguma, convencendo-nos que alcançamos o melhor e que o melhor não é grande coisa."
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