«Produção é lucro; e lucro é produção. Não estão simplesmente relacionados; são a mesma coisa. Quando um homem planta batatas, se não conseguir de volta mais do que investiu, ele não produziu nada. Isso ficaria evidente caso ele colocasse uma batata no solo hoje e tirasse do solo a mesma batata amanhã; mas é exatamente a mesma coisa que ele plantar uma batata e conseguir colher apenas uma batata. Seu trabalho foi perdido; então, ele passará fome, ou alguém mais terá de alimentá-lo, se ele não possuir reservas da produção anterior. A objeção contra o lucro é o mesmo que um espectador, observando o agricultor fazendo a colheita, dizer: “Você colocou só uma batata e está colhendo uma dúzia. Você deve ter tomado as outras de alguém; essas batatas extras não podem ser suas por direito.” Se o lucro é condenado, deve-se supor que sofrer uma perda é admirável. Ao contrário, é a perda que exige justificativas. O lucro se justifica sozinho. Quando uma instituição não é administrada para ter lucro, ela necessariamente é sustentada pelos produtores. Uma das maneiras pelas quais os não-produtores destroem gradativamente o sistema de produção livre é convencendo os homens ricos a fazer doações a fundações para o “trabalho social” ou para “pesquisa” política ou econômica. Os argumentos buscados por essas pesquisas serão geralmente justificativas do parasitismo, que favorecerão a criação de mais sinecuras pela extensão do poder político.»
Isabel Paterson
O Deus da Máquina
Capítulo XIX - Crédito e Depressões
1943
Isabel Paterson
O Deus da Máquina
Capítulo XIX - Crédito e Depressões
1943
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