sábado, 1 de setembro de 2012

Burke e Paine - I


Estou lendo um livraço, recomendado pelo João Pereira Coutinho: Burke, Paine, and the Rights of Man - A difference of political opinion, de R. R. Fennessy. O livro foi publicado em 1963 e, aparentemente, está esgotado. Porém, consegui comprar um exemplar barato e novíssimo de um antiquário na Holanda (www.keerkring.com). Tenho a impressão de que eles continuam publicando esse livro.

O assunto é a famosa controvérsia entre o conservador Edmund Burke e o libertário Thomas Paine.

Um ano após o início da Revolução, Burke, assustado com o rumo dos acontecimentos na França, publicou Reflexões sobre a Revolução na França. Ao contrário do que indica o título, o livro não é uma análise distanciada e serena dos fatos históricos. É uma crítica contundente e apaixonada à ideia de que é possível, a partir da razão abstrata, projetar um novo tipo de sociedade e subverter a sociedade pré-existente. Burke previu, muito antes da execução de Luís XVI, do Terror e de Napoleão, que a França seria submetida a repressão e violência cada vez maiores, podendo culminar num governo militar.

Imediatamente, diversos autores escreveram diversos livros contestando Burke. A resposta mais popular e mais feroz é Direitos do Homem, de Thomas Paine. Paine havia se tornado mundialmente conhecido por escrever Senso Comum, no início de 1776. Esse best-seller conclamava os americanos a declararem indepedência e foi um catalisador das opiniões nas colônias, contribuindo decisivamente para que a decisão de se separar da Grã-Bretanha fosse tomada.

Ainda vou escrever outros posts com mais comentários sobre o livro.

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