O capítulo XV de O Deus da Máquina (As Emendas Fatais) descreve como sucessivas emendas à Constituição dos Estados Unidos foram gradativamente desvirtuando os princípios estabelecidos pelos Founding Fathers.
A Décima Primeira Emenda proibiu que um Estado fosse contestado na justiça por cidadãos de outros Estados. A Décima Terceira Emenda é a única que Isabel Paterson considera realmente benéfica: aboliu a escravidão. A Décima Quarta confirmou a cidadania federal e os direitos civis dos cidadãos por toda a União, mas isso foi feito apelando-se para um subterfúgio perigoso. É uma das partes da Constituição que dá mais origem a litígios, sendo a base da decisão sobre o aborto em 1973, no caso Roe v. Wade e também da confirmação da eleição de Bush em 2000, no caso Bush v. Gore.
A Décima Quinta Emenda tirou dos Estados o poder de determinar as qualificações dos seus eleitores. A justificativa para isso é que os Estados do sul não davam aos negros o direito ao voto. Isabel afirma que, embora seja evidente que esse critério era imoral e absurdo, tirar dos Estados essa prerrogativa fez com que eles deixassem de existir como entidades políticas.
O golpe final para desconstituir os Estados foi a Décima Sétima Emenda, que que tirou a eleição dos senadores da Legislatura Estadual e a passou para o voto popular. Isabel diz que, desde então, os Estados não têm mais ligação com o governo federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário