No meu templo interior,
Solitário, belo e silencioso,
Um Deus calado e pensativo
Ouve atentamente as minhas preces.
Ajoelhada e contrita,
Minh'alma desfia timidamente as suas queixas:
--- "Senhor,
Não o compreendo muito bem:
Não sei de que lugar eu vim,
Nem sei tão pouco aonde irei parar.
Não consigo siquer atinar
Com o que se espera de mim.
Depois,
A linha divisória entre o bem e o mal,
Nem sempre se percebe bem.
Erro às vezes tentando acertar,
E acerto outras tantas em que temia errar.
Atônita e confusa,
Em desistir eu penso a cada engano,
Para logo depois voltar atrás.
E a roda da vida continua a girar.
Senhor,
Que devo fazer para acertar?"
Do fundo do altar, pausada e bela,
Responde a voz de Deus:
--- "Amar e perdoar."
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